Vós que imaginais estar longe o dia mau e fazeis chegar o trono da violência; que dormis em camas de marfim, e vos espreguiçais sobre o vosso leito, e comeis os cordeiros do rebanho e os bezerros do cevadouro; que cantais à toa ao som da lira e inventais, como Davi, instrumentos músicos para vós mesmos; que bebeis vinho em taças e vos ungis com o mais excelente óleo, mas não vos afligis com a ruína de José. ![]() Tenho me preocupado com um comportamento recorrente nas mídias sociais: a exposição, quase exagerada, de prazeres e futilidades, de abundância de comida em festas cristãs, de lazer exacerbado mostrado publicamente. Claro que estou falando de contextos específicos, porque lazer, comida e outras alegrias não são ruins em si mesmos. No entanto, à luz do texto de Amós, é assustador como usamos tudo isso como "drogas" para sairmos da realidade e vislumbrarmos um mundo ideal. Deus apresenta ao povo uma realidade: pessoas se "entronizam" em castelos imaginativos para não verem a "ruína de José". Muita insensibilidade e falta de solidariedade permeiam a nossa sociedade hoje, como naqueles dias do profeta Amós. A Síria está destruída. Milhares de pessoas fora do país, tentando sobreviver com uma língua diferente e num país distante da família que ainda sofre com a guerra. Países da África continuam a sofrer com a incoerência ignorante e violenta de ditadores. O Brasil caminha para uma socialização (leia-se comunismo) que a história já mostrou repetidas vezes que é um sistema falido. A Venezuela é liderada por um grupo que decidiu que o poder é a melhor coisa do mundo. E assim caminha a humanidade... E nós, cristãos, o que fazemos? Nós nos refestalamos com uma hipocrisia repulsiva e nos escondemos em nossas redomas de cultos hipócritas e sem vida. Construímos um mundo de fantasia, nos entregamos à insensibilidade e nos tornamos como seres que vivem num paraíso terrestre criado por nós mesmos. Leia novamente o que diz Amós. Talvez haja ainda esperança para todos nós. Com amor Pr. Nasser |
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Março 2018
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